quinta-feira, maio 04, 2017

Existe muito amor em Essepê


Criolo já deve estar arrependido da sua composição, mas sim... existe muito amor em SP. Por sinal, já estou rouca de tanto repetir que todos os lugares possuem lados positivos e negativos. E com São Paulo não é diferente. Como diz um bom amigo... São Paulo tem seu charme, mas precisa procurar bem. Maldade dele, certamente.

Meus três dias aqui na paulicéia foram encantadores. Fui a lugares onde me sinto bem. Ou seja, um pulinho no bairro da Liberdade, outro no Mercado Municipal, passagem rápida pela 25 de Março, Avenida Paulista e pelo Vale do Anhangabaú. E encontrei pessoas muito queridas, entre elas meus dois sobrinhos amados que aqui vivem. Como não amar?

Andei muito a pé. A facilidade de estar hospedada a três quadras da Paulista ajudou nesta locomoção. Somando por alto foram quase 30 km de pernadas em três dias.

Gosto de andar, gosto de ver São Paulo. E esta, penso eu, é a melhor forma de ver um lugar, sua gente, suas mazelas, suas belezas. Recomendo sempre aos amigos caminhar pelos lugares onde visitam. Sem medo e com os olhos e coração abertos.

Bem, vamos às dicas:

O Bairro da Liberdade é onde se concentra a grande população japonesa de SP. São mercados, quitandas, lojas, bares e restaurantes com tudo do Japão. Acho um charme encontrar os idosos pelas ruas, pequeninos, falando japonês e caminhando com aquela tranquilidade de dar inveja. Rodei bastante pela rua principal, entrei em lojas, vi muita coisa bonita. Mas, como vocês sabem... orçamento curto. Ou seja, colírio para os olhos apenas. Não resisti e parei para comer um temaki num pequeno restaurante de esquina. Preço bom > 15 reais < e tamanho e sabor perfeitos. Do tamanho da fome! Chama-se Espetaria Tiá Tiá (R. Galvão Bueno, 300). Ah! Comprei as famosas balas de leite japonesas. Eu amo! E tenho um ‘causo’ ótimo sobre elas que qualquer outro dia eu conto aqui.

O Mercado Municipal de SP também merece um capítulo à parte. É tanta variedade de produtos que os olhos mal sabem para onde olhar. Tive o prazer de ter como companhia neste passeio duas boas amigas de Caraíva. Nos encontramos no metrô e fomos desbravar a city. Foi ótimo. Passamos pela 25 de Março, subimos no jardim suspenso do Edifício Matarazzo (sede da Prefeitura), conhecemos um Cochilódromo, comemos numa doceria fantástica, desanuviamos no MASP e terminamos o rolê tomando uma gelada num bar da Paulista. Não tenho palavra melhor para descrever do que FANTÁSTICO!

Neste meu último dia voltei ao Centro de SP. Tinha umas encomendas da 25 de março. Aproveitei para entrar em todas as lojas de bijouterias que existem por lá, e que não são poucas. A vantagem de viajar de mochila é o pouco espaço. Com isso, o controle por compras é mais acirrado. Saí de lá com apenas dois brincos e um anel! Orgulho puro!


Antes, porém, fui almoçar num restaurante árabe pertinho da Paulista. Chama-se Raful e fica na Av Brigadeiro Luis Antônio, 2159. Voh Juju curtiu. Afinal, só a boa alma viajante dela ao meu lado explica esse desejo todo por comida árabe que ando sentindo!

Hoje sigo viagem para Curitiba. Ficar uns dias com a família. Curtir mamis poderosa, irmãs magnânimas, casinha amada, amigos queridos.

quarta-feira, maio 03, 2017

Paraty, para mim, um sopro para a vida

No sábado, ao chegar em Paraty - depois de 11 anos da primeira visita - me dei conta de que estou neste primeiro momento fazendo mesmo é uma viagem de redescobertas. Paraty foi o primeiro lugar para onde eu viajei quando me mudei para o Rio de Janeiro. Quem me conhece há mais tempo e acompanhou minha chegada na Cidade Maravilhosa sabe o quanto difícil foram os primeiros 15 meses. Árduos sem nunca perder a esperança de que estava no caminho certo. Não desisti e as dificuldades foram aos pouco se transofrmando em oportunidades e terminaram em vitórias.

Me deparar com uma nova Paraty me fez enxergar por dentro e me deparar também com uma nova Alethea. Foram dias de leitura, caminhadas, encontro com o espelho. Estou feliz com a pessoa que sou hoje, mas admito que incomodada com a chegada do tempo. Ahhh o tempo. Tempo mano velho.

No mais, Paraty segue sendo um ótimo destino turístico. As ofertas de passeios pela região seduzem. O mar oras azul, oras verde convida a longos passeios de barco. Barganhe. Os preços variam muito. Minha dica é não ir pela facilidade. Rode, pergunte preços, saia um pouco da zona de conforto e você vai achar bons passeios por preços que não vão doer no bolso.


O mesmo com relação a alimentação. Viajar sozinho tem este porém negativo... são poucos os lugares que oferecem pratos individuais por preços compatíveis. Restaurantes por quilo são a solução neste caso. Como me hospedei em hostel (Che Lagarto) e lá eles têm uma cozinha compartilhada, optei por fazer uma das refeiçoes na rua e a outra ‘em casa’.

A minha vibe foi bem menos turística. Não quis fazer os passeios e dediquei meu tempo a estar comigo. No último dia saiu o sol e me levei para uma praia próxima ao centro onde fiquei sentindo o cheiro do mar, o sabor do vento e calor do sol. Regado a cerveja gelada e a uma casquinha de siri divina... pq também sou filha de Deus!


Próxima parada: São Paulo. Um dos meus lugares favoritos neste mundão e agora com o plus de abrigar meus amores: os meus dois sobrinhos vivem na paulicéia. Bora distribuir e receber amor.

Ah! A primeira imagem deste post está num grafite no hostel onde fiquei e traduz muito do que foi esta minha passagem por Paraty.

Uma semana na conta para o Rio de Janeiro

Foi uma semana de Rio de Janeiro. Cheguei aqui em terras cariocas na sexta-feira, dia 21 e vim direto para Madureira desfrutar do lar doce lar sem mosquiteiro, sem 'pexixica' e com ar condicionado! Você ri! Ri não... Tem seu valor! Ahm apesar de sempre falar Madureira o chatô fica em Oswaldo Cruz, ok?

Enfim, foi uma semana tensa no sentido valores de vida. Me peguei diversas chorando vezes sozinha ao pensar na vida que levam algumas pessoas que tanto amo. Saber é tenso. Ver é dificílimo. Amigos desempregados sem saber como enxergar saídas, amigos sofrendo bullying, amigos desnorteados, amigos sem autoestima, amigos presos em amarras que não vão desfrouxar sem um primeiro passo, amigos enganando amigos, amigos tirando vantagem em cima da fraqueza de outros amigos. Haja gratidão em pensamentos de luz para os amigos. Fiz tanto isso que sinto nestes últimos dias que vou embora até um pouco fraca, um tanto esgotada, mas satisfeita por poder pensar e desejar o bem a todos eles.

Tiveram também bons encontros. Risadas, abraços sinceros, confraternização.

No mais, cuidei de mim. Afinal, sou filha de gente. Mesmo não parecendo!

Enfim, o Rio de Janeiro continua lindo... Mas, mas... Seguem algumas observações e dicas.

Aos visitantes e moradores sempre indico uma passagem no Laffa, em Ipanema, para comer um kebab de carne de carneiro. Fica na Visconde de Pirajá, 175. Recomendo muito. Recomendo também que se acomode nas mesinhas dentro, já que as calçadas estão perigosas (este é mais um ‘mas’ do RJ).

Andei de trem, de metrô, de ônibus. Achei tudo muito caro. Além de confuso. Andar de ônibus do RJ virou caso para estudo da NASA. E, sim, é clara a ideia de afastar da Zona Sul a galera dos bairros mais distantes, assim digamos. Mas... (olha o ‘mas’ aí de novo) não vou entrar neste assunto para não me abater ainda mais. E, só para constar, saí de Oswaldo Cruz e cheguei em Ipanema usando transporte público só porque eu posso! Deu bom!

Aproveitei também a passagem pelo RJ para ver a moda. Entrei em quase todas as multimarcas (entenda: C&A, Renner, Riachuelo, Leader, Marisa e Zara) e saí delas pensando... Como vocês tem coragem de comprar roupas? Acho que nunca mais vou comprar roupas!!! Voltei para casa e fiz uma geral no armário pensando em quais roupas posso dar uma ajeitada para continuar usando. Vi muita roupitcha por aí com preço de alfaiataria. Não tá fácil não. Bora andar pelado meu povo.

Se me impressionei negativamente com o preço das roupas, aviso que nem arrisquei entrar num supermercado. Prezei pela minha sanidade. Já surto quando vou para a cidade lá na Bahia.

Outra recomendação culinária é o Bassil, lá no Saara. Parada obrigatória para esta que vos escreve. Adoro aquele lugar. Mesmo. Adoro o sabor da comida. Adoro andar e ver lojinhas pelas vielas do Saara.

Pensando aqui comigo... só me alimentei de comidas árabes. Deve ser a Voh Juju que está sabendo da minha viagem e colou espiritualmente em mim para curtir junto! Esta gostava de colocar o pé na estrada! Vamos comigo, coisa rica!

Hoje, sabado, dou sequência na andança rumo ao sul!