sexta-feira, junho 27, 2014

Para quem precisa de Polícia



A SuperVia e o dom de me irritar. Pois bem, ela acaba de me dizer pelo Twitter (@supervia_trens) que para fazer cumprir a Lei que determina horário de trens exclusivos para mulheres é preciso haver a presença de autoridades. Ou, como ela mesma diz: da Polícia.

Com isso, a SuperVia me leva a crer que o Governo teria que disponibilizar um agente da Polícia em cada vagão feminino para fazer cumprir a Lei ou, na melhor (?) das hipóteses, em cada uma das plataformas dos ramais operados pela empresa.

Abro espaço para dados oficiais da SuperVia:  "A SuperVia administra 102 estações, distribuídas em oito ramais, que abrangem 270 quilômetros de via férrea."

Pergunto para a SuperVia para que servem então os fiscais uniformizados da empresa. A mesma me informa que são guardas patrimoniais que existem para auxiliar os usuários. Para concluir, me diz que ela cumpre o que determina a Lei, que é apenas disponibilizar o vagão feminino. 

Ok, lá vou eu atrás da Lei para ver se os  representantes legislativos eleitos pelo voto (meu ou não) fizeram mesmo esta covardia comigo. O que diz a bendita em texto extraído do Diário Oficial:


Convido a Deputada Janira Rocha. (Pausa)

Tem a palavra o Deputado Zaqueu Teixeira.

O SR. ZAQUEU TEIXEIRA - Sr. Presidente, já fiz o meu pronunciamento mostrando a minha indignação com a punição em razão da manifestação de pensamento. Então, abro mão de falar neste momento.

O SR. PRESIDENTE (PAULO MELO) - Perfeito.

Tem a palavra o Deputado Marcelo Freixo. (Pausa)

Tem a palavra o Deputado Iranildo Campos. (Pausa)

Tem a palavra o Deputado Marcus Vinícius. (Pausa)

Tem a palavra o Deputado Roberto Henriques. (Pausa)

Tem a palavra o Deputado Thiago Pampolha. V.Exa. dispõe de dez minutos. O SR. THIAGO PAMPOLHA - (Lendo):

MANIFESTO PELO CUMPRIMENTO DA "LEI DO VAGÃO FEMININO"

Os deputados estaduais subscritos vêm pelo presente manifesto, exigir o efetivo cumprimento da Lei Estadual nº 4733/2006, que "DISPÕE SOBRE A DESTINAÇÃO DE ESPAÇOS EXCLUSIVOS PARA MULHERES NOS SISTEMAS FERROVIÁRIO E METROVIÁRIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO".

Igualmente conhecida como a "LEI DO VAGÃO FEMININO", a Lei nº 4733/2006 determina a obrigatoriedade do trem e do metrô disponibilizarem e identificarem um vagão exclusivo para mulheres nos horários de maior movimento - entre 6h e 9h e das 16h às 20h.

Porém, a ausência de uma fiscalização efetiva, contudo, resultou, até o presente momento, em sua implementação somente na Estação D. Pedro II - Central do Brasil.

Apesar de alguns segmentos terem se posicionado contra, sob a alegação de que feriria o princípio da isonomia, essa Lei atende uma demanda apresentada por vários órgãos e entidades ligados aos direitos da mulher que pleitearam, durante longo tempo, uma medida para coibir o assédio às mulheres de todas as faixas etárias nos vagões de trens. Após diversos estudos e levantamentos, os órgãos de defesa da mulher preocupados com a violência enfrentada pelo sexo feminino diariamente, uma extensa pesquisa sobre o tema foi realizada, servindo o material obtido de base para a Lei.

Desta forma, por fim, para que a Lei nº 4733/2006 seja de fato implementada e respeitada, em nosso Estado, o direito das mulheres - que se valem do transporte ferroviário na lida diária - propomos, através do Programa Estadual de Integração da Segurança - PROEIS, seja firmado convênio entre a SUPERVIA Concessionária de Transporte Ferroviário S.A. e a PMERJ - Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro - visto que a presença de policiais militares nas estações de trem sem sombra de dúvidas colaborará para o correto cumprimento da “LEI DO VAGÃO FEMININO”.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 17 de abril de 2012.


Bem, assim sendo, da próxima vez em que me deparar com a imagem abaixo, em vez de solicitar auxilio aos fiscais da SuperVia vou ligar para o 190 e abrir uma chamada policial. Fico pensando no que fazer quando eu for assaltada... a quem devo recorrer?


segunda-feira, junho 23, 2014

Seleção Hollywoodiana

Já vi a Seleção Brasileira de Futebol pela TV, das arquibancadas no Brasil e no exterior, e da beira do gramado. Já vi a Seleção Brasileira de Futebol treinando, na concentração, no aeroporto, chegando e saindo do hotel. Hoje eu vi a Seleção Brasileira de Futebol de uma nova maneira.

Recebi convites para acompanhar o jogo diante de Camarões de uma sala de cinema.
Experiência nova e que me surpreendeu positivamente.

Já ouvi muitos dizerem que o que se espera da Seleção Brasileira de Futebol é uma apresentação digna de um espetáculo e que os estádios se equivalem a grandes teatros, onde os jogadores são os atores principais.

Pois bem, ao ver um jogo numa tela gigante como a de um cinema foi possível averiguar essa teoria. Os lances proporcionados por Neymar se equivaleram às expressões faciais de Chaplin, que hipnotizava as plateias. Nossa zaga transformou-se em Gladiadores que, sem pestanejar, sobrepujavam os oponentes. Armadores, tais quais os coadjuvantes que roubavam a cena e conquistavam o público.

Nossa Seleção Brasileira de Futebol estreando para mim na grande tela foi digna de uma superprodução Hollywoodiana. De deixar Bollywood com inveja e os Festivais Europeus sedentos por uma apresentação de gala com direito a tapete vermelho.

Ao final, espera-se que a Taça, ops (!), o Oscar nos seja entregue. Melhor atuação, melhor diretor, melhor produção, melhor figurino. Quem sabe, quem sabe. 

Por enquanto, verifiquem se os celulares estão no silencioso, fiquem atentos às saídas de emergência e permitam-se vibrar!




domingo, junho 22, 2014

Passagem pra Marte

Nunca vi a peça. Se tem um livro eu também não sei. Mas hoje, num momento de liberdade e desapego durante a Copa do Mundo, me dirigi ao cinema ver o filme "Os Homens são de Marte... É pra lá que eu vou".

Eu curto a atriz Monica Martelli que, além de linda e dona de um corpaço, interpreta muito bem uma personagem que poderia ser qualquer uma das minhas amigas, ou todas elas juntas e misturadas.

O bom humor com o qual ela aborda as mais diversas situações que uma mulher solteira enfrenta é sensacional e contagiante. Quando você menos espera, se pega sorrindo sozinha.

Mesmo em um relacionamento sério e feliz há uns bons três anos, confesso que chega a bater uma pontinha de saudade da solteirice. É um saudosismo bem passageiro (!!!), mas ele existe. Talvez as boas lembranças das lambanças vividas sejam a razão desse momento.

Hoje os erros e acertos no relacionamento são diferentes. O contexto é outro, afinal. Mesmo assim é possível encontrar muitas semelhanças, se identificar nos diálogos, nas situações... Porque solteira ou casada uma coisa nunca muda: o seu par definitivamente é de outro planeta!!