terça-feira, novembro 29, 2016

Meu rabugento favorito

A morte para mim é a consequência da vida. Certa vez me dei por conta de que morrer é a última coisa que eu vou fazer nesta vida. Então tudo ficou mais fácil. A não ser que após a minha morte meu corpo ajude a curar o câncer ou a descriminalizar a maconha, já me dou por satisfeita em saber que tive uma vida plena.

Mas quando o assunto é a morte de pessoas por quem tenho carinho, a coisa toda muda. Pelo menos nos primeiros instantes. Choro, fico triste, lamento o acontecido, não me conformo, fico consternada.

Na sequência me bate uma vontade enorme de relembrar os bons momentos vividos e que fizeram esta pessoa tornar-se tão queria a mim. E daí começa a parte boa. Como é agradável lembrar. Rir sozinha com boas recordações.

Acredito que seja a melhor forma de se homenagear.

E é o que estou fazendo hoje. Lembrando e compartilhando boas memórias sobre um grande amigo que se foi.



"Oi, moça, tudo bem? Theo te fez uma encomenda. Um mascote do Atlético. Aquele bonequinho do Furacão. Se vira Beijão", Paulo Julio Clement, o abusado #rip

"Na época do O Globo eu fiz uma entrevista com o Romário em que demos um rolé de helicóptero pelo Rio de Janeiro. Romário mandou: quer ver um negócio....", causos do Paulo Julio Clement. #rip


"Cólica, TPM, estas coisas pra mim são doença. Mulher não deveria trabalhar nestes dias", Paulo Julio Clement, o sábio. #rip


"Música boa é música que mulher dança", Paulo Julio Clement. #rip


"Então, vou te ensinar um negócio para a sua vida. Quando alguém te pedir para fazer uma coisa, não seja tão rápida. Leve pelo menos um dia, até uma semana, quem sabe. As pessoas não valorizam quem entrega um trabalho rápido demais. A não ser que seja eu quem peça, daí você entrega na mesma hora", Paulo Julio Clement, após eu entregar em 2 horas um ppt de mais de 30 paginas. #rip


"O que você ainda está fazendo aqui? Já te dispensei hoje. Soldado no quartel quer trabalho", Paulo Julio Clement, depois de eu voltar pra 'firma' para pegar algo que havia esquecido. #rip


“Vou sair de férias e o celular do Ronaldo vai ficar com você. Se vira”. Paulo Julio Clement  solidário.


sábado, novembro 12, 2016

Esquizofrenia feminina

As solteiras reclamam. As casadas reclamam. Como diz uma amiga: “se eles não tivessem pinto eu não dava nem bom dia”. Compreensível.  Mas me pergunto o quanto desta parcela de mau-caratismo e falta de respeito que uma parcela do mundo masculino mantém com as mulheres não é culpa da nossa conivência.

Mulherada, na real, tá foda. A gente não se respeita e essa é a grande verdade. Estamos furando o olho da outra mulher na frente dela e fazendo cara de que ‘não é comigo’. Dissimuladas.

Mas tá valendo. Enquanto agimos assim o clube deles se solidifica.

Porque, sim, é um clube. O mundo é machista. É triste. Não é legal. É ruim para caralho. Mas é a verdade. Durma com isso ou faça a sua parte: respeite a mulher, o feminino. Amanhã pode ser você. Ops! Desculpa, vou corrigir: amanhã vai ser você. Principalmente se não mudarmos o nosso comportamento... é o que vai continuar acontecendo.

Somos reféns de um circulo vicioso causado por nós mesmas. E daí não adianta entupir a Timeline alheia com mensagens feministas, indignadas, textões de valorização da mulher na sociedade, correntes de FB e qualquer coisa que o valha.

Bonita, vamos nos olhar no espelho. Mas não para conferir aquela ruga que surgiu ou se a bunda ficou bem naquele shorts novo. Vamos olhar para nós e ver como estamos agindo com as outras mulheres. Por que tanta histeria por causa desses homens?

Porque, gata, na boa: o nudes que você manda para o celular do gostosão está sendo compartilhado com os ‘brothers’ ao som de risadinhas machistas e olhares sacanas.

E, sério: o que nos faz pensar que o tal do cara gostosão – que fizemos de tudo para pegar e que saiu voado do nosso quarto depois de ter recebido uma mensagem da companheira dele dizendo que estava indo encontrá-lo – vai nos tratar com algum respeito?

Bonita, pensa nisso. Coloque-se do outro lado. Esse nosso comportamento está ferrando com geral. E, pior, depois disso tudo nós ainda mandamos mensagens de saudade no whatsapp durante a madrugada. Porra.

Ah, ok, estamos conquistando nosso espaço nesta sociedade. Hoje somos mais independentes, temos nosso dinheiro, somos donas do nosso nariz, ninguém manda na gente, meu corpo minhas regras, isso e aquilo. Arrotamos o empoderamento feminino em rodas e papos de bar. Mas não nos respeitamos mutuamente.

Do que vale então gastar tanto verbo? Vá entender tamanha esquizofrênia feminina.

sexta-feira, novembro 11, 2016

Portas abertas

Onde está você
Apareça aqui pra me ver
Eu vou gostar demais
#estacombinado #caraiva #suldabahia #novabaiana #meuparaisoparticular #caraivar

sábado, novembro 05, 2016

Simples assim

Eu costumo dizer e não me canso de repetir: a simplicidade tem um valor que ela mesma desconhece.
Do que você precisa para viver?
O que é realmente imprescindível para a sua vida e o que é induzido pelo sistema?
Liberte-se e tudo será melhor.