As solteiras reclamam. As casadas
reclamam. Como diz uma amiga: “se eles não tivessem pinto eu não dava nem bom
dia”. Compreensível. Mas me pergunto o
quanto desta parcela de mau-caratismo e falta de respeito que uma parcela do
mundo masculino mantém com as mulheres não é culpa da nossa conivência.
Mulherada, na real, tá foda. A
gente não se respeita e essa é a grande verdade. Estamos furando o olho da
outra mulher na frente dela e fazendo cara de que ‘não é comigo’. Dissimuladas.
Mas tá valendo. Enquanto agimos
assim o clube deles se solidifica.
Porque, sim, é um clube. O mundo é machista. É triste. Não é legal. É ruim para caralho. Mas é a verdade. Durma com isso ou faça a sua parte: respeite a mulher, o feminino. Amanhã pode ser você. Ops! Desculpa, vou corrigir: amanhã vai ser você. Principalmente se não mudarmos o nosso comportamento... é o que vai continuar acontecendo.
Somos reféns de um circulo vicioso
causado por nós mesmas. E daí não adianta entupir a Timeline alheia com
mensagens feministas, indignadas, textões de valorização da mulher na
sociedade, correntes de FB e qualquer coisa que o valha.
Bonita, vamos nos olhar no espelho. Mas não para conferir aquela ruga que surgiu ou se a bunda ficou bem naquele shorts novo. Vamos olhar para nós e ver como estamos agindo com as outras mulheres. Por que tanta histeria por causa desses homens?
Porque, gata, na boa: o nudes que
você manda para o celular do gostosão está sendo compartilhado com os ‘brothers’
ao som de risadinhas machistas e olhares sacanas.
E, sério: o que nos faz pensar
que o tal do cara gostosão – que fizemos de tudo para pegar e que saiu voado do
nosso quarto depois de ter recebido uma mensagem da companheira dele dizendo que
estava indo encontrá-lo – vai nos tratar com algum respeito?
Bonita, pensa nisso. Coloque-se do outro lado. Esse nosso comportamento está ferrando com
geral. E, pior, depois disso tudo nós ainda mandamos mensagens de saudade no whatsapp durante a madrugada. Porra.
Ah, ok, estamos conquistando nosso
espaço nesta sociedade. Hoje somos mais independentes, temos nosso dinheiro, somos
donas do nosso nariz, ninguém manda na gente, meu corpo minhas regras, isso e aquilo. Arrotamos o
empoderamento feminino em rodas e papos de bar. Mas não nos respeitamos mutuamente.
Do que vale então gastar tanto
verbo? Vá entender tamanha esquizofrênia feminina.
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