terça-feira, janeiro 25, 2011

Tira a mão do meu copo!

Vamos combinar: bebe no meu copo quem eu ofereço... tem coisa mais mal educada do que você estar comendo ou bebendo algo e alguém chegada e diz, ‘me dá?’ ou então “posso pegar um pouco?”

Não sei se foi erro ou acerto dos meus pais, mas fui educada desde criança a não pegar o que não me for oferecido. Talvez isso tenha influenciado minha vida de diversas maneiras, positivas e negativas.

Para muitos assuntos, como de trabalho ou de necessidades, com a vida aprendi a pedir, a ser ‘oferecida’ como dizia Dona Zezinha. Mas, para outras questões, não... Continuo esperando ser convidada.

E isso diz respeito a banquetes, lanchinhos no meio da tarde e, principalmente, café da manhã alheios.

Não me incomodo em oferecer minha comida. Isso foi outra lição muito bem aprendida dentro de casa. “Alethea, ofereça seu salgadinho para a coleguinha”. E lá ia eu, com um dó no coração, ceder um biscoito do meu pacote, ou uma mordida do meu misto quente...

Hoje faço isso inconscientemente, sempre ofereço o que estou comendo.
Mas, como sempre: para tudo há limites.

Uma coisa é um dia eu chegar e oferecer o que estou comendo no café da manhã, outra coisa é eu bancar o café da manhã das pessoas, ao ceder o que eu compro com o meu dinheiro diariamente. E, outra coisa ainda (e mil vezes pior), é uma pessoa diariamente chegar e se oferecer para comer o que eu trouxe para o café da manhã... (suco e biscoito)

É inacreditável que para solucionar o impasse, eu tenha que mudar meus hábitos e brigar com meu relógio biológico (mais do que já faço ao ter que trabalhar pela manhã) para poder ter o prazer de desfrutar do meu desjejum. Não tenho fome ao acordar. Meu apetite abre cerca de 2horas após sair da cama... Justamente quando já estou no trabalho.

Hoje eu mandei o recado: “posso beber do seu suco?” (isso a pessoa já com o copo na boca) e respondi: “faz diferença se eu disser que não”.

sexta-feira, janeiro 14, 2011

Uma tarde na Cruz Vermelha

Pensando muito em Dona Ilair e depois de chorar inúmeras vezes com a cena do resgate, hoje fui cumprir meu dever cívico. Passei no mercado, comprei 5 pacotes de feijão, 5 de farinha, 10 pastas de dentes, 10 sabonetes, e um pacote de sabão em barra. Ao levar os donativos para a Cruz Vermelha, que fica aqui ao lado de casa, me deparei com um cenário que me levou a ficar lá por mais 2h30.

Era muita gente ajudando a recolher os donativos que chegavam em carros pequenos, caminhonetes, taxis, andantes, através de pessoas comuns, simples, gente rica, gente para todos os gostos e todos com um único objetivo: ajudar.

Ao ver aquela movimentação, me lembrei de uma matéria que vi na TV dizendo que o brasileiro tem em seu DNA o prazer por ajudar. Ah, pobre comentarista não viu nada...

É contagiante!

Quando me dei conta estava ajudando a separar leite em pó de fraldas descartáveis, sabonetes de achocolatados, papel higiênico de feijão, macarrão de arroz e assim por diante. Organizando tudo para ser levado ao galpão, onde só depois seriam montadas as cestas básicas.

A cada porta-malas que se abria e eram avistados pacotes de garrafas de água, alguém gritava: ‘corrente pra água’. Imediatamente íamos em grupo ajudar a descarregar litros e litros.

Constantemente chegavam carros, jipes e caminhonetes que eram prontamente carregados com os itens de maior urgência: roupas, água, papel higiênico que rapidamente eram lotados e seguiam para a região da Serra.

Algumas vezes, no meio daquela correia chegava alguém e perguntava: ‘o que eu posso fazer para te ajudar’.

Levantava a cabeça, secava o suor que tomava conta do meu rosto e respondia: ‘estamos separando. Aqui fica isso, ali aquilo, orientamos as pessoas que chegam, carregamos os carrinhos que levam para o galpão...’.

Quando voltava a levantar a cabeça... lá estava o cidadão separando, carregando, na corrente... e, a cada carro descarregado... palmas, aplausos.

Saiba como ajudar

Cruz Vermelha recebe doanções em todo o Brasil

DICAS: escolha um item e doe em quantidade. Água, sabonete e papel higiênico são importantes. Feijão e arroz alimenta. Toalhas de banho e roupas de cama também servem. Se preferir fazer uma doação de variados, opte por uma cesta básica fechada. Caso contrário, leve os itens separados em sacolas ou caixas de papelão bem firmes.

quinta-feira, janeiro 13, 2011

Nadando em livros

Estou com quatro livros novos para ler. E dois e meio do ano passado q estou devendo... Na verdade, se eu olhar de perto, são mais livros. Vejamos:

Os novos:

VIDA DE ESCRITOR, GAY TALESE. Dispensa apresentação. O velhinho manda muito bem. Diversas vezes eu paro a leitura de um parágrafo somente para invejar a alma de jornalista que ele tem.

CERVEJA & FILOSOFIA, STEVEN D. HALES. Como diz na contracapa “a cerveja como combustível da filosofia; e a filosofia como matéria-prima humana da cerveja”. Alguma duvida de que vou ter q ter algumas boas garrafas para acompanhar a leitura?

DEZ DIAS QUE ABALARAM O MUNDO, JOHN REED. Ok.. vergonha. Acho q sou a única jornalista do planeta q não leu este livro ainda... Da série: clássicos.

CONVERSA SOBRE O TEMPO, LUIS FERNANDO VERISSIMO E ZUENIR VENTURA. Culpa da Leitura que fui ver do Zuenir no CCBB-RJ. Sai de lá querendo devorar o velhinho.

Os que estão esquentando a gaveta:

MARACANAZO, TEIXEIRA HEIZER. Ganhei na Soccerex e como eu me amarro no Maracanã e nos fatos da fatídica final de 50... leitura obrigatória!

EM ALGUMA PARTE ALGUMA, FERREIRA GULLAR. Ganhei de aniversário do casal Paixão-Garcia que acertou no escuro. Eu adoro poesia... “estamos dentro de um dentro que não tem fora. E não tem fora porque o dentro é tudo o que há”

TRANSFORMANDO SUOR EM OURO, BERNARDINHO. Ganhei de um professor no MBA. Este é o que menos me empolga... tlz pq ache com cara de autoajuda e meu pré-conceito barra isso. Mas prometo a mim que vou iniciá-lo pra sentir melhor o livro.

Os dois finais eu mesma comprei. Na verdade troquei, no site troca de livros.

AQUELA CANÇÃO. Coisa da Publifolha. Reúne 12 contos de autores diversos inspirados em 12 músicas brasileiras. Senti falta não ter vindo o cd com as músicas...

A ARTE DE VIVER SOZINHA, DANIELE LAUFER. Apesar de ir direto contra o que eu mais odeio, que são livros de autoajuda... Aqui tenho que ceder e me contradizer. Mas, na verdade, encaro mais como uma boa sessão de terapia, sem ter q pagar 150 reais a hora.

quarta-feira, janeiro 12, 2011

Um Banho de Pura Cultura

Ontem fui lá ao CCBB-RJ ver a leitura do Zuenir Ventura. Foi ótimo. Cultura pura, sabe! Ele falou um pouco sobre como entrou no mundo do jornalismo e da literatura. Muito descontraído. Falou sobre como foram construídos os livros q ele escreveu.

Depois veio o Edu Moscovis e leu algumas crônicas dele (ótimas, por sinal! Encontrei duas em outros blogs e postei abaixo para quem quiser se deliciar...)e leu também alguns trechos do livro Inveja.

Zuenir Ventura e Eduardo Moscovis no CCBB-Brasília:



Um idoso na fila do Detran:
http://literal.terra.com.br/zuenir_ventura/por_ele_mesmo/artigos/04Um_idoso_na_fila_do_detran.shtml?porelemesmo


Ser Avô:
http://www.jornalpequeno.com.br/blog/robertlobato/?p=6797


"ESCRITORES BRASILEIROS" é uma série de sete encontros entre autores brasileiros e personalidades que leem para o público trechos escolhidos de suas obras. A última apresentação será no dia 1º de fevereiro com o escritor Bartolomeu Campos de Queiróz, com a atriz Vera Hotz.

Bartolomeu Campos de Queiróz: http://www.caleidoscopio.art.br/bartolomeuqueiros/release.htm

quarta-feira, janeiro 05, 2011

TIM e mais um capítulo da TELEFONIA CELULAR BRASILEIRA


Tenho um celular TIM pré-pago. Assim escolhi porque dá bem menos trabalho e incomodação do que ter conta. Pós-pago é uma escravidão, tem que ficar regulando as ligações feitas pra ver se as operadores não estão te garfando em algum valor a mais ou serviço adicional que você não solicitou.

Mesmo assim, me vi condicionada a ceder e mudar meu plano. Saí do trabalho e fui ao shopping Rio Sul resolver a pendenga. Senha na mão, me sento num lindo sofá azul e espero até ser chamada.

Explico para o atendente:

- Olha, tenho um celular TIM pré-pago e quero mudar para pós-pago, vim saber quais planos vocês podem me oferecer...

O (realmente) simpático rapaz me responde:

- Olha senhora, podemos fazer a sua transferência para um plano pós-pago, mas não temos como garantir a permanência do seu número atual. Não temos como migrar.

Fiz cara de ‘não entendi’. E confesso que realmente não estava entendendo nada. O atendente então me explicou:

- Acontece que nosso sistema não está aceitando a mudança de pré para pós-pago mantendo o atual número do telefone. Podemos fazer, mas a senhora terá que ficar com um novo número. Seria como fazer uma nova conta com a TIM.

Argumentei explicando que não haveria como ter agora um novo número, visto que estou com cartões de trabalho novinhos em folha e todos com o meu atual número de telefone.

O rapaz completou:

- Estamos há cerca de 3 meses sem poder fazer esta transição e não posso precisar uma data de quando voltaremos a funcionar normalmente. Vou fazer o processo todo aqui na frente da senhora para mostrar como o sistema rejeita.

E assim foi. Transição negada pelo sistema TIM que, indo contra ao seu poderoso marketing me apontou uma fronteira.

Acontece que diante da necessidade de ter uma linha pós-paga... me vejo obrigada a mudar de operadora.

Na mesma hora saí da TIM e entrei na Vivo para consultar sobre esta migração.

E ali, na concorrência, literalmente ao lado (no shopping as duas operadoras ficam no mesmo piso e a pouco menos de 15 passos uma da outra) tudo ok para fazer o que eu preciso. Mas, como estava sem todos documentos necessários, voltarei outro dia!

Bye, bye TIM!

terça-feira, janeiro 04, 2011

HISTORINHA PARA JOVEM JOGADOR LER


Às vezes eu fico pensando...

O jogador tem contrato com um clube. Faz uma temporada bacana. Vira ídolo. Chama atenção dos outros clubes. Termina a temporada, sai de férias.

Nesse período, seu empresário faz o trabalho de cafetão e oferece o rapaz por aí. Aparece com diversas propostas tentadoras. Vira a cabeça do jogador.

Chega a data de apresentação no clube.

O cafetão, ops, o empresário já ligou pra seu repórter favorito e passou a letra da proposta irrecusável que seu jogador recebeu. Mas deve ter acabado o crédito do celular nesta conversa, porque não deu tempo de ligar para o diretor de futebol do clube.

A matéria publica que o tal jogador, então ídolo da torcida, quer aumento de salário que viria através de uma revisão no seu contrato de trabalho ou... Pede, com carinha de gato do Shrek, que o clube o libere para uma negociação.

É aqui que entra meu ‘pensamento’...

Querido jogador, você já fez uma negociação, talvez não saiba disso, mas foi o que seu digníssimo empresário fez enquanto você curtia férias com sua ‘namorida’ em alguma praia do nordeste.

Seu empresário já negociou você, mas como ele não tem ética para sentar-se à mesa com o seu clube, ele joga esta informação na imprensa e faz você acreditar nesta linda historinha.

Contudo, querido jogador, seu empresário, que se acha o fodão, o ‘pica das galáxias’, não tem uma real proposta irrecusável do tal clube de destaque nacional e internacional. O que ele tem é uma especulação.

E, explico para você, querido jogador, porque se o tal clube de destaque nacional e internacional estivesse mesmo disposto a levar você a qualquer valor, este já teria procurado o clube com o qual você tem contrato e feito uma primeira proposta, através de um empresário com credencial para realizar estas transações.

O que eu gostaria mesmo é que os clubes, detentores destes contratos dissessem: “ok, querido jogador, iludido pelo seu empresário, você tem total liberdade de romper o contrato. Basta pagar-nos a cláusula de rompimento, e seguir sua vida”.

Aproveita e pede pro empresário sabe-tudo te empresar a grana da cláusula. Depois me conta se o tal arriscaria gordo saldo da conta dele, por uma proposta irrecusável de um clube de destaque nacional e internacional.

Fica a dica!

sábado, janeiro 01, 2011

A Raposa e o Coelho

‘No Rio, torcida do Fla acredita na vinda de R10 pro Rio. No RS, Paulo Odone diz que confia em Assis. R10 está viajando para Porto Alegre.’

A declaração acima é do jornalista @flaviofachel em seu twiter e me faz recordar um ‘causo’ do esporte paranaense.

Conta a lenda que o árbitro que chegaria na cidade para apitar o clássico estadual receberia benefícios para auxiliar na vitória do time X. Pensaram os diretores do clube Y: ‘vamos esperar o tal árbitro na ferroviária, assim eu ele descer, nós o abordaremos antes dos nossos rivais e levaremos vantagem.'

Eis que ao desembarcar, o tal árbitro chegou acompanhado. Adivinhe de quem: ‘diretor do clube X’.

Quem estaria no avião com Ronaldinho?

AGITAÇÃO MÁXIMA

Ontem parti de casa com destino a Copacabana curtir o réveillon mais lindo deste mundão de Deus. E assim foi. Fiquei num lugar privilegiado. Cercada de pessoas amigáveis, vi os fogos, a nova marca dos jogos RIO 2016, sambei com o Zeca, cantei com a Alcione e chacoalhei com a Daniela, fiz minha oferenda à Iemanjá.


Contudo, fora desta ‘bolha’ de tranqüilidade, a praia vivia um caos de gente e desordem.

Infinitamente mais bagunçado do que no ano passado, as pessoas pareciam formar grandes rebanhos ao deixar as areias da praia. A galera do Choque de Ordem deve ter recebido férias, pois não havia nem metade do efetivo que trabalhou no último ano. Os números podem até me desmentir, mas eu sei o que eu vi ontem e o que vi há um ano atrás. E, seo Prefeito, guardinha no posto elevado não conta... Tem que descer pra guerra.

Localizei no youtube um vídeo caseiro que mostra um pouco do que estou falando: http://www.youtube.com/watch?v=HgFgE3v4zH0

Li que a fiscalização recolheu 58 barracas de camping montadas nas areias de Copacabana, mas devem ter se esquecido de olhar ali no posto 2, pois às 2h20 tinham mais de 15 barracas montadas na areia e bem próximas da calçada.

Os ítens apreendidos com ambulantes não autorizados na orla de Copacabana e Leme chegam a soar como piada por quem teve que andar do Copacabana Palace até o túnel que dá acesso ao Rio Sul. São coisas como: 30 milhos cozidos, 6 chapéus de palha, 19 arcos de cabelo, 18 cabides... e mais blá blá blá.

A total ineficiência do transporte público, tão conhecida dos cariocas, agora não é mais segredo para sulistas, nordestinos, mineiros, estrangeiros...

Além de os ônibus não estarem prontos para atender a gigantesca demanda que a data exige, seus motoristas estavam bastante desinformados. Presenciei o seguinte diálogo entre um motora e um casal de turista:

“Este ônibus passa em Copacabana?”. A resposta foi: “sei que passa em Copa, mas não sei dizer em que momento”. Na hora de voltar para casa então, nem se fala...

Está aí um bom assunto para colocar em pauta em 2011 no Rio de Janeiro. Se a idéia é comemorar e reforçar a década de ouro que vai viver a cidade do Rio de Janeiro, será preciso muito mais empenho dos órgãos públicos na educação das pessoas, fiscalização da ordem e cumprimento da lei.