quarta-feira, julho 09, 2014

Assobiar ou Chupar Cana

08 de julho de 2014. Ao apito do juiz que determinou o início da partida, aquela voz interna que alguns chamam de subconsciente me soprou: "será um jogo histórico". 

Quem diria... 

Pensaria eu após o 4º gol da Alemanha: "O número da mega sena ele não me manda, subconsciente FDP!”.

Como bem escrevi no meu FB na última semana: este para mim é sempre o confronto mais difícil. Culpa dos genes bávaros ou simpatia com a abreviação ALE. Quem sabe...

Mas também afirmei, com o coração brasileiro que tenho: "que vença quem fizer mais gols". E assim foi. Foram. No plural. Sete.

Pois bem, se de toda queda precisamos levantar com um aprendizado, então que seja esta a lição, a mais escancarada de todas e tão negligenciada Brasil à dentro: para haver sucesso é preciso haver dedicação.

Dona Maria sempre repetiu em casa: "tem que estudar para ser alguém na vida. Do céu só cai chuva. É preciso se dedicar, se esforçar".

Talvez ela nem precisasse ter repetido à exaustão. Quem sabe meus genes já soubessem disso. Vai ver é algo que existe dentro de cada alemãozinho quando nasce e escancarado para todos nós nestes últimos 28 dias.

O fato é que o jeitinho brasileiro, esta malemolência, este gingado para obter frutos nunca aflorou meu desejo, nem dilatou minhas pupilas. Sempre achei um desrespeito.

Entre tantos legados emocionais que esta Copa no Brasil vai nos deixar que este seja pelo menos um dos mais valiosos para nossos jovens torcedores: se quiser ser vitorioso é preciso 'treinar' todos os dias.

Agora, a eles da Seleção Brasileira de Futebol que nos representaram tão bem - afinal, o não compromisso com o empenho e a dedicação é um dos maiores reflexos da sociedade brasileira - resta a ponderação, a reflexão, mas não a prepotência, outra característica tão presente entre nós, os brasileiros.


sexta-feira, junho 27, 2014

Para quem precisa de Polícia



A SuperVia e o dom de me irritar. Pois bem, ela acaba de me dizer pelo Twitter (@supervia_trens) que para fazer cumprir a Lei que determina horário de trens exclusivos para mulheres é preciso haver a presença de autoridades. Ou, como ela mesma diz: da Polícia.

Com isso, a SuperVia me leva a crer que o Governo teria que disponibilizar um agente da Polícia em cada vagão feminino para fazer cumprir a Lei ou, na melhor (?) das hipóteses, em cada uma das plataformas dos ramais operados pela empresa.

Abro espaço para dados oficiais da SuperVia:  "A SuperVia administra 102 estações, distribuídas em oito ramais, que abrangem 270 quilômetros de via férrea."

Pergunto para a SuperVia para que servem então os fiscais uniformizados da empresa. A mesma me informa que são guardas patrimoniais que existem para auxiliar os usuários. Para concluir, me diz que ela cumpre o que determina a Lei, que é apenas disponibilizar o vagão feminino. 

Ok, lá vou eu atrás da Lei para ver se os  representantes legislativos eleitos pelo voto (meu ou não) fizeram mesmo esta covardia comigo. O que diz a bendita em texto extraído do Diário Oficial:


Convido a Deputada Janira Rocha. (Pausa)

Tem a palavra o Deputado Zaqueu Teixeira.

O SR. ZAQUEU TEIXEIRA - Sr. Presidente, já fiz o meu pronunciamento mostrando a minha indignação com a punição em razão da manifestação de pensamento. Então, abro mão de falar neste momento.

O SR. PRESIDENTE (PAULO MELO) - Perfeito.

Tem a palavra o Deputado Marcelo Freixo. (Pausa)

Tem a palavra o Deputado Iranildo Campos. (Pausa)

Tem a palavra o Deputado Marcus Vinícius. (Pausa)

Tem a palavra o Deputado Roberto Henriques. (Pausa)

Tem a palavra o Deputado Thiago Pampolha. V.Exa. dispõe de dez minutos. O SR. THIAGO PAMPOLHA - (Lendo):

MANIFESTO PELO CUMPRIMENTO DA "LEI DO VAGÃO FEMININO"

Os deputados estaduais subscritos vêm pelo presente manifesto, exigir o efetivo cumprimento da Lei Estadual nº 4733/2006, que "DISPÕE SOBRE A DESTINAÇÃO DE ESPAÇOS EXCLUSIVOS PARA MULHERES NOS SISTEMAS FERROVIÁRIO E METROVIÁRIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO".

Igualmente conhecida como a "LEI DO VAGÃO FEMININO", a Lei nº 4733/2006 determina a obrigatoriedade do trem e do metrô disponibilizarem e identificarem um vagão exclusivo para mulheres nos horários de maior movimento - entre 6h e 9h e das 16h às 20h.

Porém, a ausência de uma fiscalização efetiva, contudo, resultou, até o presente momento, em sua implementação somente na Estação D. Pedro II - Central do Brasil.

Apesar de alguns segmentos terem se posicionado contra, sob a alegação de que feriria o princípio da isonomia, essa Lei atende uma demanda apresentada por vários órgãos e entidades ligados aos direitos da mulher que pleitearam, durante longo tempo, uma medida para coibir o assédio às mulheres de todas as faixas etárias nos vagões de trens. Após diversos estudos e levantamentos, os órgãos de defesa da mulher preocupados com a violência enfrentada pelo sexo feminino diariamente, uma extensa pesquisa sobre o tema foi realizada, servindo o material obtido de base para a Lei.

Desta forma, por fim, para que a Lei nº 4733/2006 seja de fato implementada e respeitada, em nosso Estado, o direito das mulheres - que se valem do transporte ferroviário na lida diária - propomos, através do Programa Estadual de Integração da Segurança - PROEIS, seja firmado convênio entre a SUPERVIA Concessionária de Transporte Ferroviário S.A. e a PMERJ - Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro - visto que a presença de policiais militares nas estações de trem sem sombra de dúvidas colaborará para o correto cumprimento da “LEI DO VAGÃO FEMININO”.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 17 de abril de 2012.


Bem, assim sendo, da próxima vez em que me deparar com a imagem abaixo, em vez de solicitar auxilio aos fiscais da SuperVia vou ligar para o 190 e abrir uma chamada policial. Fico pensando no que fazer quando eu for assaltada... a quem devo recorrer?


segunda-feira, junho 23, 2014

Seleção Hollywoodiana

Já vi a Seleção Brasileira de Futebol pela TV, das arquibancadas no Brasil e no exterior, e da beira do gramado. Já vi a Seleção Brasileira de Futebol treinando, na concentração, no aeroporto, chegando e saindo do hotel. Hoje eu vi a Seleção Brasileira de Futebol de uma nova maneira.

Recebi convites para acompanhar o jogo diante de Camarões de uma sala de cinema.
Experiência nova e que me surpreendeu positivamente.

Já ouvi muitos dizerem que o que se espera da Seleção Brasileira de Futebol é uma apresentação digna de um espetáculo e que os estádios se equivalem a grandes teatros, onde os jogadores são os atores principais.

Pois bem, ao ver um jogo numa tela gigante como a de um cinema foi possível averiguar essa teoria. Os lances proporcionados por Neymar se equivaleram às expressões faciais de Chaplin, que hipnotizava as plateias. Nossa zaga transformou-se em Gladiadores que, sem pestanejar, sobrepujavam os oponentes. Armadores, tais quais os coadjuvantes que roubavam a cena e conquistavam o público.

Nossa Seleção Brasileira de Futebol estreando para mim na grande tela foi digna de uma superprodução Hollywoodiana. De deixar Bollywood com inveja e os Festivais Europeus sedentos por uma apresentação de gala com direito a tapete vermelho.

Ao final, espera-se que a Taça, ops (!), o Oscar nos seja entregue. Melhor atuação, melhor diretor, melhor produção, melhor figurino. Quem sabe, quem sabe. 

Por enquanto, verifiquem se os celulares estão no silencioso, fiquem atentos às saídas de emergência e permitam-se vibrar!




domingo, junho 22, 2014

Passagem pra Marte

Nunca vi a peça. Se tem um livro eu também não sei. Mas hoje, num momento de liberdade e desapego durante a Copa do Mundo, me dirigi ao cinema ver o filme "Os Homens são de Marte... É pra lá que eu vou".

Eu curto a atriz Monica Martelli que, além de linda e dona de um corpaço, interpreta muito bem uma personagem que poderia ser qualquer uma das minhas amigas, ou todas elas juntas e misturadas.

O bom humor com o qual ela aborda as mais diversas situações que uma mulher solteira enfrenta é sensacional e contagiante. Quando você menos espera, se pega sorrindo sozinha.

Mesmo em um relacionamento sério e feliz há uns bons três anos, confesso que chega a bater uma pontinha de saudade da solteirice. É um saudosismo bem passageiro (!!!), mas ele existe. Talvez as boas lembranças das lambanças vividas sejam a razão desse momento.

Hoje os erros e acertos no relacionamento são diferentes. O contexto é outro, afinal. Mesmo assim é possível encontrar muitas semelhanças, se identificar nos diálogos, nas situações... Porque solteira ou casada uma coisa nunca muda: o seu par definitivamente é de outro planeta!!






segunda-feira, março 31, 2014

Nostalgia na Kombi

Pode me chamar de sentimentalista boba. Não estou nem aí. Mas meus olhos terminaram cheios de lágrimas após este pequeno vídeo de pouco mais de 4 minutos. Afinal, tenho minha experiência emocional numa Kombi.

Faz tempo, coisa de 20 anos, confesso. Porém, mesmo sem carteira de motorista, pilotei uma Kombi pelas praias do Paraná.

Bons momentos aqueles em que tornar desejo em realidade era apenas ir contra as recomendações da minha mãe.

Carregava sorvete de um lado para o outro. A Kombi me levava entre quiosques, abastecia freezer, isopores de ambulantes.

Fui feliz numa Kombi mesmo quando ela se recusava a seguir rodando no meio da noite, em uma estrada sem iluminação e, com uma lanterna, obrigava o motorista a descobrir qual mistério estava acontecendo naquele motor.

Legal mesmo era quando me sentava para pilotar.

Como esquecer a emoção daquela folga no volante que mais parecia um feriado prolongado. Risadas mil, bons momentos, boas lembranças, alguns perrengues.

Quem sabe um dia a gente se reencontra pelas esquinas da vida.



Estava aqui pensando: vou relacionar, na medida que as lembranças forem chegando, momentos da minha vida em que a Kombi esteve presente. Como foi no meu primeiro beijo...

1) eu menina, criança, em Santa catarina, praia da Penha. Um garoto com mesma idade que eu tinha na época, com quem brinquei o dia todo, em determinado momento do dia sentou-se ao meu lado no pára-choque da Kombi estacionada no jardim da casa e me deu um beijo no ombro. Envergonhada virei o rosto, ele levantou-se e me deu uma bitoca na boca! Passamos os dias seguintes das férias sentados e de mãos dadas no último banco da Kombi. Romance.

quarta-feira, março 19, 2014

Ironias do cotidiano

Trem, ramal Deodoro. Três passageiros lindos e cheirosos, dois com 23 anos e um outro passageiro grisalho na faixa dos 37 anos seguem bem acomodados em um banco para quatro pessoas. Eu me aproximo, eles nem se movem.

Fazem caras blasé de quem comeu pão mofado no café da manhã, mal olham para mim que me posiciono em pé em frente a eles.

Uma estação depois, nada de esboçarem um movimento que mostrasse o mínimo de educação em ceder espaço para eu sentar. 

Como estou hoje com espírito de paz me afastei. Bufando de indignação, mas me afastei sem perder contato visual.

A porta se abre e na estação seguinte um homem de 42 anos, aproximadamente, pés sujos numa havaiana imunda, aparência de pouco banho ignora os três passageiros e senta no que seria o quarto espaço no banco do trem. Eles se apertam. Eu rio.


quarta-feira, março 12, 2014

Um Fiat pra chamar de meu!

Há tempos que quero dividir com vocês a relíquia que tem aqui na esquina de casa: o 1° Fiat produzido no Brasil!


Quando menina meu sonho era ter um Fiat 147! Achava simplesmente um charme esse carro tipo botinha de bebê.


O mais próximo que cheguei de um Fiat 147 foi um azul calcinha que pertencia ao então namorado da minha irmã. Ele namorava ela e eu me enamorava do botinha.


A minha geração acabou acolhendo o fusca como carro do coração. Teve até chororô no dia do último chassi. Tenho alguns amigos que até circulam pelas ruas com um carro do ano, mas mantêm na garagem seu fusca falante.


Eu não tenho nem um, nem outro. Muito menos carteira de motorista. Mas uma coisa é certa: se tirar uma radiografia do meu coração, no espaço destinado a carros da minha infância, o Fiat 147 ocupará espaço de destaque! 


 

Cérebro de Gordo

Terceiro dia seguido de atividades intensas na academia.
Terceiro dia seguido de alimentação a base de salada.
Pergunta inevitável:
- Será que já emagreci?
Resposta dolorosa:
- É claro que não, sua gorda.


quarta-feira, fevereiro 19, 2014

Quanto vale a sua bainha?

Na onda do $urreal, me lembrei de um diálogo que ocorreu recentemente envolvendo a estamparia.

Fomos pedir um orçamento para fazer a bainha (ou barra, como dizemos lá em Curitiba) de quatro bandeiras de cetim que mediam, cada uma, não mais do que 1 m2. A profissional da costura mandou sem titubear: "R$ 15 reais cada bandeira".

Assustados com o que consideramos ser um alto valor, nós recusamos o orçamento.

Ao saber que temos uma estamparia no mesmo bairro, a costureira nos narrou sua necessidade de estampar/sublimar algumas camisetas para as funcionarias dela usarem durante o trabalho.

Segue o diálogo:

Costureira: então, preciso saber quando você me cobra apenas para estampar a minha marca na frente das camisetas.
(ela nos daria a camiseta e a arte)
Nós: apenas estampar? Deixe-nos ver a sua marca.
(marca simples, uma única cor, sem detalhes)
Nós: R$ 3 reais por camiseta.
Costureira: Nossa! Só isso? Recentemente me cobraram R$ 10 reais para fazer o mesmo serviço.
Nós: entendo. Também tem gente que cobra R$ 15 reais por uma bainha.

Silencio no ar. Sorrisos constrangedores e troca de cartões.

Podemos até ter perdido a 'cliente', mas não poderíamos deixar passar. Acredito que para não perder a rédea da decência é preciso - em determinados momentos - situar as pessoas, o mercado e fazê-los entender a diferença entre valorizar o trabalho e explorar o cliente.

Ah! Só para saberem. Encontramos outra costureira que fez o mesmo serviço por R$ 2 reais cada bandeira e ficou simplesmente lindo!

terça-feira, fevereiro 11, 2014

Ódio no olhar e amargura no coração

Definitivamente motoristas de ônibus que circulam pela Zona Norte são profissionais com características distintas. O motorista da Zona Norte trata o passageiro com soberba, como se o passageiro não fosse um igual. Ele esquece que moramos no mesmo bairro, no mesmo subúrbio e levamos a mesma nada mole vida, retratada como um picadeiro pelas telenovelas e pelos programas de sábado a tarde. Ele esquece que estamos passando pelo mesmo descaso.

Contudo, tanta semelhança em nossas vidas, em vez deste fator nos aproximar, nos afasta. Tenho o sentimento de que o motorista da Zona Norte (boa parte deles, não vou generalizar) trata seus passageiros com ódio no olhar e amargura no coração. Passaria o blog aqui dando exemplos, mas vou me ater ao de hoje.

Nesta terça-feira pela manhã tive vontade de abordar o motorista da linha 952 que dirigia no sentido Penha e que pilotava o ônibus de número 39630. Queria me solidarizar. Dizer a ele que estamos no mesmo barco, que somos da mesma espécie. A espécie dos esquecidos pelo poder público.

Paguei $3 dilmas pela passagem e desse aumento o motorista não verá um centavo sequer. Mas que culpa eu tenho? Pelo contrário. Penso que ele deveria se solidarizar com o meu bolso e me tratar com respeito, com compaixão, pelo menos. Mas não.

O motorista da Zona Norte dirigiu em alta velocidade, freou bruscamente, não desviou de buracos, não informou aos passageiros da mudança de percurso e ainda prendeu o pé de um idoso na porta de desembarque.

Motorista da Zona Norte, por favor, não desconte em seus iguais uma fúria que não nos cabe. A conta de tanto descaso nós dois já estamos pagando e é bem mais do que $3 dilmas.



* por fim, fui abordá-lo sobre o ônibus não ter passado ao lado da estação do metrô de Vicente de Carvalho, onde eu faria a baldeação de todo santo o dia para ir ao trabalho.  Disse-me ele: “agora não passa mais lá por causa das obras, se quiser ir tem que descer lá na frente e pegar outro ônibus ou ir até a Penha neste aqui mesmo, que é circular, e descer no metrô na volta”.  Apenas respondi: “motorista, são 9h50 e entro 10h30 no trabalho. Não posso passear de ônibus. O senhor deveria ter alertado os passageiros sobre a mudança do trajeto lá atrás, nós não somos obrigados a saber. É injusto com os passageiros”. Ele silenciou-se e seguiu a viagem.


Só 0,30 centavos?

1.730 dilmas para fazer 5.000 mil ventarolas, ou 0,30 centavos/cada uma daquelas que: quando você não perde logo no primeiro minuto de folia, se desmancha antes mesmo de o bloco passar...

Passarei a cuidar com mais carinho das ventarolas que receber durante o Carnaval, pois custam caro.

0,30 centavos hoje em dia aqui no Rio de Janeiro custam uma vida.




quarta-feira, fevereiro 05, 2014

Fantasmas Sociais

O Facebook completou no dia 4 de fevereiro 10 anos de existência. Desde então, o site criado para avaliar a mulherada de uma faculdade tornou-se um molde para o comportamento de uma nova sociedade.

Pois bem. Faço quase tudo pelo feice (assim, carinhosamente chamado por mim). Principalmente manter minhas relações de amizade.

Através dele revi pessoas do passado, colegas de infância, de facul, de firma. Pessoas que fizeram parte da minha vida e que hoje não temos mais nenhuma ligação, a não ser a de termos nos conhecido no passado. O nosso elo é a naftalina.

Contudo, elas estão aqui na lista dos meus mais de 1000 amigos. A grande maioria não interage comigo. Às vezes, muito da raramente, curtem uma postagem. Noutras ficam de voyeur. É o como vejo as pessoas deste grupo. E elas devem me ver da mesma maneira. Acredito.

Meu feice para o grupo naftalina tornou-se uma boa agenda, repleta de rostos que, se um dia vir precisar falar com elas, estarão todos ali e com dados atualizados.

Mas há também outro grupo de pessoas. Aquele que adoraria não ter mais na minha rede virtual, mas que por uma obrigação social pulsam na Time Line. Não existe nenhuma afinidade intelectual, são raros os momentos de ‘curtição’, de interação. Pelo contrário, na maioria das vezes leio os posts e penso... “que sem noção”, “vergonha alheia”, “alguém desliga da tomada”...

Vamos pedir piedade, senhor piedade...

Para piorar, às vezes me vejo comentando, tentando manter um elo, buscando vida inteligente, algo que gere uma afinidade virtual. Só me arrependo e logo desisto. Mas antes me irrito profundamente.

A estas pessoas destinei um espaço especial. São agora o que chamo de ‘fantasmas sociais’. Eu os mantenho amigos no feice, ali para todos verem, mas bloqueio a aparição de suas postagens na minha TL.

Assim, busco manter uma vida virtual saudável e o mais próxima possível da minha vida real, que é bem saudável, por sinal!

segunda-feira, fevereiro 03, 2014

Verborragia em: 'ataque soviético'

Verborragia. Abro aqui espaço para o que ouço mundo a fora. Afinal, como dizem por aí... antes ouvir isso do que ser cego.

Metro do Rio, Linha 2, Sentido Botafogo, Segunda-feira, 10h.
Enfim, a pessoa sofre de verborragia. Só isso explica ela estar falando há 15 minutos sem parar para puxar o ar. O único intervalo é para um tal de 'ai', que ela usa como se fosse vírgula.
Não suficiente, solta:
"Fulano está trabalhando como segurança da FioCruz, negócio de cigarro..."
Só é interrompida por um comentário de sua amiga que manda na lata:
"A pessoa só dá esse ataque soviético quando falam com ele..."


segunda-feira, janeiro 27, 2014

Dez anos a mil, do que mil anos a dez

Hoje eu completo 10 anos de Rio de Janeiro. Foi no dia 27 de janeiro de 2004 que desembarquei às 09 da manhã na Rodoviária Novo Rio trazendo meus pertences pessoais dentro de uma mega mala vermelha e muitos sonhos na bagagem de mão.

Desde então tanta coisa aconteceu na minha vida que precisaria de muitos parágrafos para contar. Daria um livro. Certamente. Um bom livro ou uma música de Roberto. "Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi."


A resenha é que aprendi a ser uma mulher, no sentido mais real que a palavra significa para mim. Forte, batalhadora, guerreira, sensível, alegre, determinada. O Rio de Janeiro me fez bem.

Ter saído de Curitiba me fez ser uma pessoa muito melhor. Não era uma pessoa realizada e hoje sei que se não tivesse tomado esta decisão eu teria me tornado uma pessoa infeliz.

Nesses 10 anos passei por situações que me fizeram repensar meu plano de vida. Nunca pensei em retornar para casa, mas pensei em desistir em diversos momentos. Foram vários momentos e foram especiais. Contribuíram para ser quem sou hoje e seguirão comigo formando a mulher que serei amanhã.

Confesso que sou muito feliz aqui, realizada. Construí uma nova vida. A minha vida. Tenho bons amigos, poucos e fieis. Amigos que parecem a minha família.

Esta, por sinal, sempre que pode aparece por aqui. Sempre que consigo dou uma chegada lá. Hoje somos mais próximos, mais cúmplices. Aproximados pela distância, Curitiba e Rio hoje são uma coisa só em minha vida.

Minha responsabilidade social aumentou. Administro atenção por gente de perto, gente de longe. Carrego todos no meu coração como se não houvesse a distância.

Quando estou aqui, sinto os curitibanos amados ao meu lado.

Quando estou lá, é como se meus cariocas amados estivessem comigo.

Aqui no Rio de Janeiro tive a oportunidade de crescer como gente e como profissional. Amo a carreira profissional que eu construí aqui. Sofrida. Bem sofrida. Repleta de altos e baixos, de amarguras e desilusões.
Mas, ainda assim, bastante satisfatória. Vitoriosa. Me orgulho dela. Me orgulho dos meus princípios éticos. Olho para tudo que já passei e sorrio e lembro e reconheço. Cada passo um objetivo. Sem desligar e desligando ao necessário.

Escrevo este texto e passam pela minha cabeça diversas pessoas, diversas situações. Queria cita-las uma a uma, mas tenho medo de ser injusta ao esquecer de alguém, por não poder mencionar todos os personagens deste enredo.


Saí de Curitiba uma menina de 28 anos. Sem saber nada da vida. Hoje sou uma mulher de 39 com ranhuras, mas ainda com o mesmo olhar esperançoso de 10 anos atrás. Vislumbrando um futuro melhor. Planejando como pretendo passar meus próximos anos e onde quero estar em 2024.

Eu conto pra vocês.

quinta-feira, janeiro 23, 2014

Stanley e eu


A ideia era simples: encher o Facebook de bons filmes. Todos que curtissem um determinado post receberiam o nome de um diretor de cinema e, como consequência, teriam que postar a imagem de um filme deste profissional, contando sua relação com a película em questão.

Pois bem, entrei na brincadeira e o amigo Zeca Dâmaso, um designer muito do perebinha, me indicou um filme do Stanley Kubrick.

E cá fiquei entre a Cruz e a Espada. Explico:

Mister Stanley me fez passar por maus bocados na infância, tudo por causa de um filme chamado "2001, uma Odisseia no Espaço", de 1968. 

Apesar de eu ter nascido somente em 1974, foi nos anos 80, quando eu era uma criança muito da serelepe, que este filme me fez chorar de ódio. Não pela sua historia, mas pelas maldosas crianças da época que conviviam comigo seja na escola ou no prédio.

Diziam elas que o filme tinha, na verdade, outro titulo "2001, uma Alethea no espaço". Eu queria sumir!!

Pois bem, Kubrick se redimiu comigo antes de morrer, quando dirigiu "De Olhos Bem Fechados", de 1998, um filme encenado pelo então casal Tom Cruise e Nicole Kidman.

A bordagem da sexualidade e dos desejos físicos de uma pessoa foram, a meu ver, estimulados e levados as últimas consequências. Até hoje ainda me impressiono com algumas passagens do filme. Recomendo a quem não teve a oportunidade de ver.

Quanto ao 2001... sinto em dizer que eu AINDA não fui ao espaço. Mas já conquistei o mundo!

Beijin no ombro!

Ah! Segue o trailler dos filmes para os não iniciados em Stanley

De Olhos Bem Fechados

2001 uma Odisseia no Espaço



quarta-feira, janeiro 22, 2014

Pegando Ódio

Alô, alô, alô. Graças a Deus. Eu me divirto com essas pessoas que 'pegam ódio' de alguém ou alguma coisa. Por exemplo, BBB. O programa já deu. Vive claramente do passado, da lembrança de participantes anteriores que eram muito mais interessantes que os atuais. Ladainha esta que ouvimos dos entendidos na arte do reallity show há uns bons cinco anos ou mais. E esta porcaria está na 14ª edição. Haja verbo.


Pois bem, se cada vez que ver, ouvir e ler a sigla BBB a pessoa, em vez de bravejar e resmungar como um personagem rabugento de desenho animado, (tornando-se hilário e, porque não, um tanto quanto ridículo) optasse por simplesmente olhar com maturidade para tal como algo que realmente não lhe acrescenta em nada no dia a dia. Poderia quem sabe até esboçar um sorriso e ser menos chato. Fazer piada, gaiatices.

Pessoas que não tem esta habilidade, esse discernimento com coisas tão poucas como, por exemplo o inofensivo BBB, correm o risco de enfrentar a toda semana o paredão da vida real e acabar sendo indicado ao fuzilamento pelo próprio mal humor.

Vem ser feliz aqui fora!


Um Coqueiro pra Chamar de Seu

O verão chegou e com ele aquele calor de matar. Em busca da sobrevivência - tipo Tom Hanks em 'O Náufrago' - a melhor opção é partir para a água de coco. Pois foi só darmos aquela zapeada pelo litoral brasileiro para elegermos o coco como: O Vilão do Verão 2014.

Sim, esta fruta verdinha, de interior suculento e água refrescante virou tema de debate em redes sociais, programas de tv e até sites de entretenimento. Motivo: o preço.

De norte a sul do país, retiradas dos coqueiros ou comprada em caixinhas nos supermercados refrigerados, não teve quem não se assustasse com os valores cobrados na água de coco.

Eu mesma passei por uma situação dessa.

Um coqueiro pra chamar de seu!
Caminhava com o namorido pelas praias da Ilha do Mel, no Paraná, quando avistamos uma barraca. Sim, era o nosso oásis. Sentamos na sombra e sem pestanejar pedimos um coco gelado. Que delícia, água fresquinha, saborosa, consigo me lembrar deste momento, reviver este prazer. Querendo mais, pedimos um segundo. Perfeito! Mundo perfeito até se aproximar uma outra banhista e perguntar o preço do coco. Silencio. Tenso. Ouvia-se o balançar das asas de uma borboleta.
- 10 reais, senhora.

Então, sabe aquele coco pelo qual pagaste 10 real na Ilha do Mel? Ele tem uma utilidade... vai virar esporte em Maresia, São Paulo. Coisa de uma ação de marketing de uma empresa que vende água de coco em caixinha.

Vai ter basquete com coco, boliche com coco, revezamento de coco, arremesso de coco e levantamento de coco!! Espero apenas não ser surpreendida com a modalidade: pagamento do coco.



terça-feira, janeiro 21, 2014

Sapecando

"Vou dar de mão numa morena faceira, me espalhar num bate coxa sapecando uma vaneira". (Grupo Fogo de Chão)

Acredito no amor entre os seres humanos e ponto final. Até então tudo tranquilo. Acontece que o assunto voltou ao meu cérebro ao ver o novo comercial da H2OH Limoneto.
Entendo que é um casal, a esposa chega em casa e diz que está 'sapecando' uma garota do trabalho do marido dela. Garota que o tal bonitão já estaria de olho grande pra cima dela. Ele questiona, ela muda de assunto e apresenta o novo refri com pouco gás propósito tema do comercial.
Ao contrário do maridão que se distrai com o novo sabor da bebida, eu sempre fico com a mesma cara de tacho olhando pra tevê e pensando: cuma?
Penso eu que seja o primeiro comercial da televisão brasileira a abordar o amor livre de maneira tão... pouco sutil.
Gosto disso, apesar de ainda estar processando a informação.



Odeio ficar devendo

Promessa é divida e prometi pra mim mesma, mesmo que no escurinho e sem testemunhas, que neste fenomenal ano de 2014 eu manteria meu amado blog mais ativo. Portanto, estarei mais vezes por aqui. Vou equilibrar minhas participações no face e no twitter com o blog. Certamente não vamos nos arrepender desta convivência mais próxima.
Então é isso, até logo mais com a primeira postagem do ano!
Vamos que vamos. fazer 2014 acontecer!
bjs e queijos