segunda-feira, janeiro 27, 2014

Dez anos a mil, do que mil anos a dez

Hoje eu completo 10 anos de Rio de Janeiro. Foi no dia 27 de janeiro de 2004 que desembarquei às 09 da manhã na Rodoviária Novo Rio trazendo meus pertences pessoais dentro de uma mega mala vermelha e muitos sonhos na bagagem de mão.

Desde então tanta coisa aconteceu na minha vida que precisaria de muitos parágrafos para contar. Daria um livro. Certamente. Um bom livro ou uma música de Roberto. "Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi."


A resenha é que aprendi a ser uma mulher, no sentido mais real que a palavra significa para mim. Forte, batalhadora, guerreira, sensível, alegre, determinada. O Rio de Janeiro me fez bem.

Ter saído de Curitiba me fez ser uma pessoa muito melhor. Não era uma pessoa realizada e hoje sei que se não tivesse tomado esta decisão eu teria me tornado uma pessoa infeliz.

Nesses 10 anos passei por situações que me fizeram repensar meu plano de vida. Nunca pensei em retornar para casa, mas pensei em desistir em diversos momentos. Foram vários momentos e foram especiais. Contribuíram para ser quem sou hoje e seguirão comigo formando a mulher que serei amanhã.

Confesso que sou muito feliz aqui, realizada. Construí uma nova vida. A minha vida. Tenho bons amigos, poucos e fieis. Amigos que parecem a minha família.

Esta, por sinal, sempre que pode aparece por aqui. Sempre que consigo dou uma chegada lá. Hoje somos mais próximos, mais cúmplices. Aproximados pela distância, Curitiba e Rio hoje são uma coisa só em minha vida.

Minha responsabilidade social aumentou. Administro atenção por gente de perto, gente de longe. Carrego todos no meu coração como se não houvesse a distância.

Quando estou aqui, sinto os curitibanos amados ao meu lado.

Quando estou lá, é como se meus cariocas amados estivessem comigo.

Aqui no Rio de Janeiro tive a oportunidade de crescer como gente e como profissional. Amo a carreira profissional que eu construí aqui. Sofrida. Bem sofrida. Repleta de altos e baixos, de amarguras e desilusões.
Mas, ainda assim, bastante satisfatória. Vitoriosa. Me orgulho dela. Me orgulho dos meus princípios éticos. Olho para tudo que já passei e sorrio e lembro e reconheço. Cada passo um objetivo. Sem desligar e desligando ao necessário.

Escrevo este texto e passam pela minha cabeça diversas pessoas, diversas situações. Queria cita-las uma a uma, mas tenho medo de ser injusta ao esquecer de alguém, por não poder mencionar todos os personagens deste enredo.


Saí de Curitiba uma menina de 28 anos. Sem saber nada da vida. Hoje sou uma mulher de 39 com ranhuras, mas ainda com o mesmo olhar esperançoso de 10 anos atrás. Vislumbrando um futuro melhor. Planejando como pretendo passar meus próximos anos e onde quero estar em 2024.

Eu conto pra vocês.

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